Como Escolher a Raquete de Ténis Certa para o Seu Nível

Como Escolher a Raquete de Ténis Certa para o Seu Nível

por Henrique Acevedo

“Não é a raquete que joga por si. Mas há escolhas que o deixam mais longe da rede do que os seus próprios erros.”

Há quem escolha raquetes como quem escolhe vinho pelo rótulo: olha para a marca, para a cor, para quem usa — e pronto, serve. O problema é que depois o jogo continua uma desgraça, só que agora com estilo.

Este guia é para quem está farto de comprar mal e jogar pior. É um convite — quase um apelo — a escolher com critério, não por impulso.

 

1. Antes de tudo: reconheça-se

Não há vergonha em ser principiante. Há, sim, alguma teimosia em fingir que não se é.

  • Iniciante — Está a aprender, os pontos ainda são um milagre.
  • Intermédio — Já sabe acertar na bola, mas ainda se perde a meio da construção.
  • Avançado — Compete, ou pelo menos parece que compete. Gosta de afinar detalhes que o comum dos mortais nem vê.

👉 Para iniciantes: mais cabeça (da raquete) e menos ego.

 

2. Peso — aquele detalhe que separa o jogo da tendinite

Nível Peso ideal Tradução prática
Iniciante 260-280g Mexe-se bem, não cansa tanto, não rebenta com o ombro.
Intermédio 280-300g Equilibrada. Nem leve demais, nem tijolo.
Avançado 300-330g  Estável, precisa de braço e juízo
📌 Se precisa de descansar a cada dois jogos, talvez a raquete pese mais do que devia. Ou então é a consciência.

 

3. Tamanho da cabeça — ou: o espaço que tem para errar

  • Oversize (>105 in²) – Ideal para quem ainda está a descobrir onde está a bola.
  • Midplus (98–104 in²) – Um compromisso. Como aquele amigo que nunca se atrasa nem brilha.
  • Mid (<98 in²) – Exige precisão. Serve para quem já não culpa a raquete pelos seus erros.

👉 Se ainda bate mais na armação do que nas cordas, o Mid não é o seu destino. Ainda.

 

4. Cordas — o detalhe que poucos leem, mas todos sentem

  • 16x19 – Mais spin, mais liberdade. Também mais bolas fora.
  • 18x20 – Controlo absoluto. O sonho dos metódicos. O pesadelo dos impulsivos.

Exemplo? A Blade 100 v9. Técnica com margem de manobra — como um professor exigente mas simpático.

 

5. O grip — essa arte subestimada

O grip errado é como usar sapatos dois números abaixo e culpar o chão.

Regra prática:
Agarre a raquete como se fosse cumprimentar um conhecido — não um político, nem um ex. Se conseguir enfiar um dedo entre a palma e os dedos enrolados, está no bom caminho.

👉 Se o braço formigar após 20 minutos… parabéns: escolheu mal.

 

6. Teste. Por favor, teste.

Testar uma raquete antes de comprar é como provar comida antes de temperar.
Parece óbvio — e, no entanto, quase ninguém faz.

Na The Courtly Collection, pode experimentar sem precisar de inventar uma desculpa para sair da loja sem comprar.

🔗 Reserve aqui o seu teste. Sem compromisso, com cordas boas e bolas decentes.

 

Conclusão: tenha juízo. A raquete não joga sozinha, mas também não precisa de atrapalhar

Evite escolher por impulso. Evite ainda mais escolher por vaidade.

“Uma boa raquete não o faz jogar melhor. Mas uma má raquete impede-o de o descobrir.”

Escolha pelo que sente, não pelo que viu no Instagram.

Se tiver dúvidas, escreva. Se não tiver, escreva também — às vezes só precisamos que alguém confirme o óbvio com boas palavras.

Com consideração, precisão e leve ironia,

Entre as linhas e as entrelinhas.

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